1º erro: Servir o vinho na temperatura incorreta


A temperatura tem muita influência na percepção que temos do vinho. Servi-lo na temperatura correta é fundamental para que ele expresse todo o seu potencial.

Devemos ter em mente que, além da temperatura mudar de acordo com as estações do ano, em algumas cidades – principalmente do norte e nordeste do país – ela pode chegar aos 40°C. Imagine beber um vinho à esta temperatura!

Quando o vinho está muito quente, o álcool se sobressai e sua experiência com a bebida será ruim.

Por outro lado, se o vinho estiver frio demais, seus aromas podem desaparecer completamente.


2º erro: Achar que quanto mais velho o vinho, melhor ele fica.


Essa máxima muitas vezes é utilizada quando nos referimos ao vinho, sendo referida em ditados populares, comparações e isso muitas vezes levam o consumidor iniciante do vinho a acreditar que é verdadeira, mas não é.

Nem todos os vinhos são feitos para serem guardados por anos a fio. A esmagadora maioria é feita para ser consumida rapidamente e não para envelhecer. Há quem diga que 99% dos rótulos vendidos no mundo (especialmente os de supermercados) não são feitos para guardar.

Como saber se o vinho é de guarda?

Para suportar o tempo de guarda, um vinho deve ter algumas características, como boa estrutura de acidez e taninos, principalmente, mas também açúcar (no caso dos doces) e álcool (no caso dos fortificados).

Poucos vinhos são pensados e elaborados para essa finalidade – chamados “vinhos de guarda”, entre eles, apenas para citar alguns exemplos, estão os grandes Bordeaux e Borgonha na França; Barolo, Barbaresco e Brunello na Itália; Vinho do Porto e Madeira em Portugal/ portentosos Rioja e Ribeira del Duero na Espanha; ícones do Novo Mundo como Chile, Argentina, Estados Unidos, Austrália e Brasil etc. Muitos produtores criam rótulos capazes de envelhecer, mas em pequeníssima escala.


3º erro: Servir vinhos na sequência inadequada


Imagine que você vai receber amigos na sua casa e tem à sua disposição diferentes tipos de vinho. Sem dúvida, pegará mal servi-los em uma sequência que não faça sentido e atrapalhe a degustação, certo?

De fato, é preciso considerar as características de cada vinho, para que nenhum deles se sobressaia ou confunda as notas daqueles que vêm na sequência. Uma sequência errada compromete a evolução da análise sensorial e a evolução do paladar.

Qual se sequência seguir?

Quando for servir diferentes vinhos em uma mesma ocasião, considere a seguinte ordem:

Leves → Encorpados

Aquelas bebidas que fazem um maior volume na boca quando degustadas devem ser servidas por último. A ordem natural seria começar com espumantes, seguir para os brancos, rosés, tintos e, por último, os fortificados que acompanham sobremesas.

Brancos → Tintos

Essa série se assemelha à anterior, na qual os vinhos brancos geralmente são mais leves que os tintos. Entretanto, ela não precisa ser seguida literalmente. Algumas exceções de vinho branco podem ser mais encorpadas que alguns rosés e até tintos leves.

Menos alcoólicos → Mais alcoólicos

Também é bom considerar isso, já que a variação da quantidade de álcool no vinho pode causar sensações de peso e doçura da bebida.

Mais secos → Mais doces

Geralmente, as bebidas mais doces enchem o paladar e acabam deixando as demais sem gosto, não tão interessantes. Evite, portanto, começar com os vinhos mais doces.

Jovens → Envelhecidos

Os vinhos envelhecidos costumam ser mais complexos que os mais jovens. Por isso, faz mais sentido servir safras mais recentes antes para que seja possível acompanhar a evolução da bebida com o passar do tempo.


4º erro: A quantidade de vinho a ser servida


A apreciação da bebida também faz parte da experiência de tomar vinho. Ao encher demais a taça, você não considera o espaço vazio que é necessário para girar o vinho, expandir seus aromas e oxigená-lo.

Com a taça muito cheia, também não é possível incliná-la para observar a cor, as lágrimas e outras características da bebida. Além disso, o vinho pode esquentar e proporcionar a você uma experiência diferente da esperada.


5º erro: Guardar um vinho de maneira equivocada


Um bom vinho só pode proporcionar os melhores benefícios se for armazenado de maneira correta. E, para isso, você precisa guardar a bebida na temperatura ideal.

Vinhos tintos devem ser guardados a uma variação de 13 – 17 graus, enquanto os brancos pedem temperaturas em torno de 12 – 14 graus.

Portanto, não caia na tentação de armazenar suas garrafas em ambientes que sofrem grandes variações de temperatura, como cozinhas ou estantes que recebem a incidência do sol.

Agora, nem todo mundo pode ter uma adega em casa, e essa também não é a única forma de guardar os vinhos da maneira certa. Um espaço embaixo da escada ou o fundo do armário já são bons o suficiente para a correta conservação das bebidas — desde que atendam às suas especificações de conservação.


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