Saca Rolhas
Hoje vou falar de uma ferramenta que figura no mundo do vinho como um simples coadjuvante, mas que sem ela, com certeza, teríamos muita dificuldade de acessar o precioso néctar de Baco e verter em uma taça: o SACA ROLHAS!
Nas minhas pesquisas sobre o tema, achei um texto bem didático, que mostra muito bem a história dos saca rolhas e como foi evoluindo ao longo do tempo. Esta pesquisa me levou também, à descoberta de um “club de vinho” brasileiro, bem diferente e muito interessante: Eniwine (www.eniwine.com.br)! Uma plataforma online que reúne em um mesmo espaço digital diversos serviços para os amantes de vinho. Além da VITRINE com mais de 1000 rótulos, tem o CLUB ENIWINE, APP, CURSOS, E ARTIGOS sobre o mundo do vinho. E foi justamente neste acervo de preciosas informações, que encontrei uma matéria sobre a história do Saca Rolhas, assinada por Jean Pierre, especialista e sommelier, a qual trago (na íntegra) hoje para compartilhar com vocês! Uma boa leitura!
As primeiras garrafas de vinho feitas de vidro surgiram no século 17, com um formato bem diferente do atual, mas já com fechamento com rolhas de cortiça – estas foram inventadas bem antes das garrafas!
Como a garrafa precisa ser aberta para que o vinho possa ser saboreado, foi necessário inventar um instrumento apropriado – o saca-rolhas. A primeira menção registrada a um deles data de 1681 – “uma espiral de aço usada para extrair as rolhas de garrafas”. Algo parecido era usado antes para tirar projéteis que ficavam presos dentro de espingardas.
Já em 1795, surge a primeira patente conhecida para um saca-rolhas: foi solicitada pelo reverendo Samuel Henshall, de Oxford.
Em formato de “T”, o instrumento exige força para segurar a garrafa e puxar pela haste até que a rolha saia totalmente. O pequeno pincel na lateral do saca-rolha servia para facilitar a limpeza do gargalo se algum fragmento da rolha se desprendesse.
Alguns anos depois, em 1802, Edward Thompson, outro inglês, patenteia o saca-rolhas com giro numa só direção, ou seja, não era necessário puxar a rolha: o próprio saca-rolhas valia-se de uma segunda espiral que retirava a rolha.
O design de saca-rolhas mais conhecido até hoje é o “amigo do garçom”, patenteado pelo alemão Carl Wienke em 1883.
Ele tem a espiral e um apoio, mas ainda não tinha um canivete para retirada da cápsula. As primeiras cápsulas eram de chumbo, protegendo a rolha de umidade e de insetos e garantindo a integridade do vinho; foram substituídas modernamente por materiais como latão, alumínio e plástico, por motivos de saúde (o chumbo é tóxico se ingerido).
Em 1879, pouco antes do “amigo do garçom”, outro “amigo”, este do mordomo, foi patenteado nos EUA: ele recebeu esse nome porque permitia ao mordomo retirar a rolha da garrafa, tomar um pouco do vinho e recolocar a rolha sem que fosse preciso furá-la, o que aconteceria com o uso de saca-rolhas convencionais. Até hoje, o “amigo do mordomo” é usado quando o vinho é antigo e a rolha corre risco de quebrar.
Ele tem a espiral e um apoio, mas ainda não tinha um canivete para retirada da cápsula. As primeiras cápsulas eram de chumbo, protegendo a rolha de umidade e de insetos e garantindo a integridade do vinho; foram substituídas modernamente por materiais como latão, alumínio e plástico, por motivos de saúde (o chumbo é tóxico se ingerido).
Em 1879, pouco antes do “amigo do garçom”, outro “amigo”, este do mordomo, foi patenteado nos EUA: ele recebeu esse nome porque permitia ao mordomo retirar a rolha da garrafa, tomar um pouco do vinho e recolocar a rolha sem que fosse preciso furá-la, o que aconteceria com o uso de saca-rolhas convencionais. Até hoje, o “amigo do mordomo” é usado quando o vinho é antigo e a rolha corre risco de quebrar.
Em 1928, um italiano chamado Domenico Rosati (que depois de imigrar para os EUA mudou o nome para Dominick) requereu a patente de um saca-rolhas que chegou até nossos dias com o apelido de “Borboleta”, facilitando bastante a extração da rolha.
O bastante similar ao modelo anterior, o saca rolha de abas é hoje o mais comum nas casas. Provavelmente você sacou sua primeira rolha com um desse. Seu uso é muito difundido entre os inciantes. Seu design permite abrir uma garrafa sem força e muito menos habilidade. Por ser menos intimidador, é o mais usado pelos iniciantes, mas pouco desejado pelos mais experientes no mundo do vinho por seu tamanho e espaço que ocupa.
A Suíça também contribuiu para o avanço tecnológico do abridor de garrafas de vinho com a invenção do Corky em 1962, por Franz Tschappu: uma agulha oca é inserida na rolha e um pistão com êmbolo permite que se injete ar na garrafa. A pressão do ar acaba expelindo a rolha para fora da garrafa. Perfeito para iniciantes, o saca-rolhas de ar comprimido é o menos comum de se ver por aí.
Uma das maiores evoluções no design de saca-rolhas deu-se em 1979, quando um engenheiro chamado Herbert Allen criou o conceito do “Screwpull”, um design tão elegante e avançado que ganhou lugar na coleção permanente do Museu de Arte Moderna de Nova York. Com apenas dois movimentos, aplica-se a espiral à rolha, que é extraída ao se levantar a alavanca. Por conta do seu design, esse abridor foi apelidado no Brasil de “orelhas de coelho”.
Para apreciadores de vinhos mais extravagantes existe o saca-rolha de mesa que mantém o mesmo princípio do “coelho”, mas com uma larga base para ser apoiado em uma mesa. Apesar de não ser nem um pouco portátil é um belíssimo acessório de vinho para compor a decoração da casa.
Atualmente a tecnologia agrega na retirada das rolhas, os saca-rolhas elétricos ganharam muito mercado nos últimos tempos. Com um simples toque o aparelho insere o parafuso na rolha e com outro toque a rolha sai sem nenhum esforço. Alguns funcionam com pilhas, outros já possuem uma base para carregar a bateria interna.
Mas para o sommelier profissional que se preze, nada substitui o tradicional “amigo do garçom”, seja na sua versão original, seja com apoio em dois estágios ou com apoio mais longo, como é aquele usado nos saca-rolhas feitos em Laguiole, na França. Dentre eles, o suprassumo são os modelos do Château Laguiole, alguns custando mais de €200. Seu charme está na abelha que decora o cabo, lembrança da concessão napoleônica aos produtos siderúrgicos daquela cidade francesa.
Fonte: https://www.jornaldeuberaba.com.br/noticia/13051/vinhos-a-tal
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