Supertoscanos

Supertoscanos foi o nome dado aos vinhos que não obedecem, ou não obedeciam, às normas de produção da principal denominação de origem toscana na época, Chianti. No fim da década de 1960, mais precisamente em 1967, a DOC foi oficialmente criada, estabelecendo não somente os limites do território, mas retomando a “receita” postulada pelo barão Bettino Ricasoli em 1872, que estipulava que os vinhos deviam ser feitos majoritariamente com Sangiovese e completados com Canaiolo e Malvasia.

Os Supertoscanos não eram apenas “contra as regras” de Chianti, eles simplesmente não queriam mais ficar sob essa pecha que os limitava. Então, não era apenas uma questão de “desobediência” usar outras variedades e outros métodos. Era uma questão de criar um novo vinho, um vinho que não estivesse vinculado a Chianti e sua má fama na época. Um vinho diferente, rico, encorpado, de alta qualidade, bem distante daqueles que estavam sendo produzidos e eram tachados de ligeiros e vendidos, muitas vezes, nos “fiaschi” (garrafas envoltas em palha), que se tornaram parte da decoração de muitas cantinas, mundo afora.

Vale lembrar que os vinhos considerados Supertoscanos não são somente aqueles que levam castas “proibidas” pelas denominações de origem tradicionais da Toscana, especialmente Chianti. Muitos são Sangiovese puros e, ainda assim, considerados Supertoscanos, pois desobedecem a outras regras que englobam não somente as variedades, mas os métodos de produção. Rótulos como o Fontalloro, da Fèlsina, ou o Flaccianello, da Fontodi, por exemplo, são 100% Sangiovese. O primeiro Tignanello, por sinal, era só Sangiovese, mas, na época, as regras obrigavam um Chianti a mesclar Canaiolo e Malvasia. Somente depois é que Tignanello passou a mesclar outras cepas.

Atualmente, aliás, alguns Supertoscanos até poderiam pertencer à denominação Chianti, pois, depois de algumas atualizações, ela já não obriga, por exemplo, o uso de variedades brancas no blend, e também não impede que um vinho seja 100% varietal. Ainda assim, a revolução e a fama dos Supertoscanos abriu novas possibilidades aos produtores da região, que criaram uma saída para a crise e hoje colhem os frutos de sua ousadia.

Prove nossas sugestões de Supertoscanos

Castelpugna Supertoscano 2012

Vinho tinto de coloração vermelho rubi intenso, apresenta aromas com notas de frutas picantes e do bosque. No paladar é macio e persistente, com boa estrutura de taninos no final de boca. Ideal para acompanhar carnes grelhadas, assados de variados tipos e queijos maduros.

San Brunone Supertoscano 2010

Vinho tinto excepcional do tipo “Supertoscano” – vinhos excelentes feito com uvas “não típicas” da região do Chianto Classico, que antigamente não receberam classificação na Toscana. Também, a maturação não é feita nos tonéis tradicionais de carvalho da Eslavonia, mas em barris de carvalho francês, assim dando um caráter um pouco diferente, com notas de baunilha. Os “Supertoscanos” foram avaliados com pontos muito altos pelos críticos internacionais e se estabeleceram no mercado como vinhos “top”.

Louis Jadot Chablis Les Clos Grand Cru é elaborado 100% com a casta Chardonnay e amadurecimento em barricas de carvalho francês de 15 a 18 meses. De cor amarelo palha com reflexos dourados, apresenta notas minerais, frutas amarelas maduras, como pêssegos e damasco. Em boca revela-se persistente e elegante. Ideal para acompanhar ostras, peixes, aves e massas com frutos do mar.

Insieme Super Toscano 2014

Premiado com a Medalha de Prata no Decanter World Wine Awards 2018, o Insieme é um tinto italiano doce e frutado que acompanha bem todas as carnes vermelhas.

De cor rubi vermelho intenso, com tons de púrpura, seu aroma é intenso, de frutos pretos como amora e mirtilo e vermelhos maduros, misturados com sensações florais de violeta e intensas notas de especiarias. No fundo balsâmico, as sensações minerais são fundidas com os cheiros da madeira.

Na boca é cheio, doce, encorpado e muito macio, com taninos bem estruturados, maduros e crocantes. Sensações doces e frutadas intensas misturadas com um tempero picante e notas de café torrado e chocolate. Final longo, doce e persistente. Também pode ser harmonizado com carnes de caça e queijos secos e temperados.

Beccaia Bolgheri Rosso 2016

A grande estrutura e corpo deste vinho são a expressão típica da região de Bolgheri. No aroma destacam-se notas parietais de Cabernet Sauvignon emergem envoltas em notas frutadas e quentes de Merlot, de maneira harmoniosa. Ideal para acompanhar carnes de caça e queijos intensos.